Rastreio de celular leva polícia a prender homem suspeito de envolvimento na morte de dois jovens
31/12/2024
Polícia apreendeu duas armas de fogo com o suspeito. Iago Evangelista Barros e João Emanuel Duarte, ambos de 19 anos, foram mortos a tiros em Fortaleza após serem interrogados por membros de facção criminosa.
Reprodução
O rastreio do aparelho celular de um dos jovens executados após ser interrogados por membros de uma facção criminosa levou a polícia a prender um homem no Bairro Presidente Vargas, em Fortaleza, horas após o crime, que ocorreu no último domingo (29).
Iago Evangelista Barros e João Emanuel Duarte, ambos de 19 anos, foram assassinados a tiros, em via pública, no Bairro Aracapé. Os criminosos chegaram a gravar um vídeo do momento em que os dois eram interrogados por uma mulher. Os jovens não tinham antecedentes criminais.
Durante as investigações, a polícia recebeu informações que o celular de uma das vítimas estava com a localização ativa em uma casa. No endereço, os agentes capturaram Francisco Ronaldo Lima dos Santos, apreenderam duas armas de fogo e localizaram o aparelho, que estava na posse do suspeito.
Durante a prisão, Ronaldo confessou que era membro de uma facção criminosa de origem cearense, desempenhando a função de fornecer armas e "resolver problemas da comunidade". Ele foi autuado por posse irregular de arma de fogo e por ser membro de uma organização criminosa.
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Prisão preventiva
Nesta segunda-feira (30), Ronaldo passou por uma Audiência de Custódia, ocasião em que teve a prisão em flagrante convertida para preventiva.
Na decisão, o Juiz de Direito destacou que a prisão do suspeito é necessária para garantir a ordem pública, pois ele "demonstra a periculosidade e a falta de temor".
"Reforço a conclusão do risco que a soltura do autuado representa à ordempublica, pois, inclusive, afirma que tem a função de resolver problemas na comunidade equando não resolve, leva o assunto para a facção para ser julgado, o que desaconselha asoltura do acusado, tendo este demostrado que é portador de personalidade tendenciosa aconduta delitiva", diz um trecho do Auto de Prisão em Flagrante, que o g1 teve acesso.
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