Polícia prende 17 suspeitos de atacar operadoras de internet no Ceará e investiga 14 empresas por elo com facção

  • 12/03/2025
(Foto: Reprodução)
A Polícia Civil iniciou a 'Operação Strike' na manhã desta terça-feira (12) para combater grupos criminosos que vêm atacando empresas provedoras de internet no Ceará. Membros de facção cobram 'taxa de empresas' de internet para autorizar o serviço no estado. Operação investiga elo entre empresas provedoras de internet e facção criminosa no Ceará Uma operação policial prendeu 17 suspeitos de envolvimento em ataques a operadoras de internet no Ceará nesta quarta-feira (12). A operação cumpriu 12 mandados de prisão e cinco donos de empresas clandestinas de internet foram presos em flagrante. ✅ Siga o canal do g1 Ceará no WhatsApp A facção criminosa Comando Vermelho fez pelo menos oito ataques, como corte de cabos de internet, incêndio de veículos e tiros contra as sedes das empresas, desde 22 de fevereiro em Fortaleza, Caucaia, Caridade e São Gonçalo do Amarante. Seis ocorreram na última semana. (veja o infográfico abaixo). Nem as empresas e nem a Secretaria da Segurança Pública do estado divulgaram o número de pessoas afetadas pelos ataques e consequentes falhas no serviço. O objetivo dos ataques é forçar as empresas a repassarem à facção parte da mensalidade paga pelos clientes pelo serviço de internet. As ações são direcionadas àquelas que não obedecem aos criminosos, segundo o titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, delegado Alisson Gomes. O secretário de Segurança Pública, Roberto Sá, revelou que dois dos detidos na operação desta quarta desempenhavam papéis significativos no esquema criminoso. Um deles teria participado da articulação dos ataques em Caucaia e São Gonçalo do Amarante, e foi encontrado com duas armas de fogo. O outro suspeito era prestador de serviços de internet e auxiliava a facção com seus conhecimentos técnicos, obtendo lucro com os ataques. Além disso, foram cumpridos 37 mandados de busca e apreensão, dos quais 14 foram direcionados a empresas fornecedoras de internet, que trabalhavam na clandestinidade, sem autorização, e estão sendo investigadas por possível colaboração com facções criminosas. Ação policial para coibir ataques a operadoras de internet no Ceará prende 10 pessoas SSPDS/Divulgação Suspensão das atividades Os provedores de internet no Ceará estão suspendendo as atividades em algumas regiões depois dos ataques. Pelo menos quatro empresas foram atingidas. Trabalhadores do setor se dizem preocupados e temem o atual cenário. Nesta terça-feira (11), a Acnet, uma das empresas provedoras, comunicou a suspensão temporária das visitas técnicas devido ao ataque sofrido na noite de segunda-feira (10). Criminosos dispararam contra a fachada do estabelecimento, localizado no bairro Itambé, em Caucaia. A Brisanet, provedora que atua em mais de 200 cidades do Nordeste, também sofreu ataques. Na terça-feira (11), criminosos arremessaram pedras contra um veículo da provedora no bairro Capuan, em Caucaia. No dia 6 de março, outro carro foi incendiado por um grupo criminoso no Conjunto Metropolitano, também em Caucaia. LEIA TAMBÉM: Facção cobra taxa para autorizar provedoras de internet a ofertar serviços em bairro de Fortaleza Duas empresas de internet são atacadas no Ceará por facção que exige taxa das provedoras Arte mostra mapa com locais que ficaram sem internet após ataques de facções no Ceará Arte/g1 Ataques de facção a provedores de internet no Ceará geram prejuízo de R$ 1 milhão A empresa declarou que os ataques afetam a "continuidade dos serviços prestados aos clientes" e que está adotando protocolos de segurança para proteger seus colaboradores e seus equipamentos. Os detalhes operacionais não foram divulgados por questões estratégicas da Brisanet. Em Caridade, as empresas do setor paralisaram as atividades e suspenderam a internet de todo o município à meia-noite de terça-feira (11), como forma de protesto, após ataques registrados no município. Não há previsão para o retorno das atividades. A Secretaria da Segurança Pública informou que está investigando a atuação de grupos criminosos contra as empresas provedoras de internet no Estado. No último sábado, o Governo do Ceará instalou um grupo especial para investigar os atos criminosos. Prejuízo de R$ 1 milhão Desde fevereiro, os provedores de internet do Ceará estão sendo alvos de uma série de ataques promovidos por uma facção criminosa, que está cobrando das empresas parte do valor dos serviços prestados. Reprodução Os ataques criminosos aumentaram os custos de operação, segundo as empresas de internet. O prejuízo já ultrapassa R$ 1 milhão em todo o estado, revelou uma fonte do setor, que preferiu não ser identificada para evitar retaliações. Em Caridade, por exemplo, as caixas e cabos de internet foram arrancadas na última sexta-feira (7), deixando 90% dos moradores sem conexão. Uma outra fonte ligada ao setor estima que as prestadoras da região terão um prejuízo de pelo menos R$ 500 mil, considerando gastos com materiais, mão de obra e cancelamentos de clientes. Ameaças a prestadores Seis ataques a provedoras de internet aconteceram nos últimos 6 dias Conforme o relato de um trabalhador da área, os prestadores de internet são abordados pelos grupos criminosos durante as visitas técnicas e recebem uma série de ameaças. "Eles abordam os técnicos que estão na rua fazendo reparos e dizem que só podem atender empresas que estão fazendo pagamentos mensais para a facção. Se negar, a empresa sofre represálias: tem carros queimados, os técnicos são roubados e as lojas são depredadas". O g1 revelou no início de março que uma facção criminosa está exigindo de provedoras de internet uma taxa de 50% do valor dos serviços prestados aos clientes, como condição para autorizar a instalação de infraestrutura em comunidades do Ceará. A prática, que começou no bairro Pirambu, em Fortaleza, já se espalhou para outros municípios, como Caucaia, São Gonçalo do Amarante e Caridade. Segundo uma apuração da TV Verdes Mares, o grupo exige das empresas o pagamento de metade do valor pago pelos clientes pelo serviço de instalação. Ou seja, se uma provedora cobra R$ 80 pelo serviço, ela deve repassar R$ 40 à facção como "taxa de permissão". Cronologia dos ataques 11 de março: criminosos jogaram pedras contra um veículo da empresa Brisanet na cidade de Caucaia. 10 de março: a fachada da empresa Acnet, na cidade de Caucaia, foi alvo de vários tiros. 10 de março: membros de facção destruíram fiação de uma empresa de internet em Caucaia. 9 de março: um dia após o governador anunciar combate a esse tipo de crime, uma empresa foi atacada na madrugada no Bairro Sítios Novos, em Caucaia. 8 de março: o governador do Ceará, Elmano de Freitas, anuncia criação de grupo para combater a facção que ataca as provedoras de internet no estado. 7 de março: criminosos destruíram várias fiações de uma operadora na cidade de Caridade; 90% dos clientes do município ficaram sem internet. 6 de março: um carro de serviço da Brisanet foi completamente destruído pelas chamas no Conjunto Metropolitano, em Caucaia. 27 de fevereiro: no distrito do Pecém, no município de São Gonçalo do Amarante, onde está localizado o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), criminosos invadiram e vandalizaram uma empresa. 22 de fevereiro: no Bairro Jacarecanga, em Fortaleza, dois veículos da empresa Brisanet foram destruídos em incêndio. Assista aos vídeos mais vistos do Ceará:

FONTE: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2025/03/12/operacao-policial-prende-suspeitos-de-envolvimento-em-ataque-a-operadoras-de-internet-no-ceara.ghtml


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